ESTADO NO ISLA

WASHINGTON — Apesar das campanhas internacionais de cooperação para o fechamento de fronteiras e investigação por agências de inteligência, o número de terroristas estrangeiros do Estado Islâmico (EI) dobrou nos últimos 12 meses. Números obtidos pelo “New York Times” apontam que, desde 2011, cerca de 30 mil combatentes de mais de cem países viajaram para o Iraque e para a Síria. Há um ano, os mesmos analistas estimavam a entrada de 15 mil militantes de 80 países, a maioria para se juntar ao grupo terrorista.

A divulgação desses números coincide com a apresentação, na próxima terça-feira, de uma investigação de seis meses realizada pelo Congresso americano, que conclui que “apesar dos esforços para conter o fluxo, nós falhamos em parar americanos que viajam ao exterior para se unirem a jihadistas”. São mais de 250 americanos que se uniram a terroristas no Iraque e na Síria, contra cerca de cem há um ano.

Um programa coordenado pelo Pentágono investiu US$ 500 milhões para o treinamento de rebeldes na Síria para lutar contra o Estado Islâmico, mas o esforço produziu apenas alguns combatentes. E a missão está prestes a sofrer nova perda. John R. Allen, general que servia como enviado diplomático coordenando a coalizão contra o EI, anunciou que irá se aposentar no fim do ano.

A semana começa com reuniões importantes que podem definir o futuro das ações contra o Estado Islâmico. Hoje, o presidente americano, Barack Obama, se reúne com seu colega russo, Vladimir Putin, possivelmente para tratar do assunto. Até agora, a estratégia russa de combate tem sido a de apoiar o governo sírio, do presidente Bashar al-Assad. Por sua vez, os EUA financiam grupos rebeldes e lideram coalizão internacional que realiza ataques aéreos na região.
Fonte: O Globo (http://zip.net/bkr

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